24/08/2022 | CMA

Palestra capacita educadores a lidar com o novo normal pós-pandemia

Na noite desta terça-feira, dia 22 de agosto, educadores do Colégio Maria Auxiliadora e das escolas de educação infantil parceiras participaram da palestra online “As crianças estão diferentes: os impactos preocupantes da pandemia no desenvolvimento e como podemos ajudar”, com a psicóloga, mestre em Psicologia Social e especialista em Problemas do Desenvolvimento da Infância e Adolescência, Bianca Stock. O evento, promovido pela Editora Moderna e pelo CMA, visa capacitar os trabalhadores da educação para lidar com o novo normal pós-pandemia e como essa situação afeta o desenvolvimento socioemocional e educacional dos estudantes nas escolas e nas famílias.

Segundo Bianca, o isolamento social provocado pelo contexto da disseminação do Covid-19 precisa ser um ato de empatia com o próximo. “Tivemos que abdicar de muitas atividades e planos. Tudo que planejamos para a vida precisava ser deixado de lado para ficarmos em casa e cuidarmos de si e do outro”. A psicóloga afirma, ainda, que o prolongamento excessivo desse isolamento provocou justamente o movimento inverso da empatia. “Na medida em que não se convive em sociedade a pessoa vai se dessensibilizando pro sofrimento que o outro passa. E a escola é o espaço de encontro, de conviver, de se aproximar da realidade do outro e isso também afeta e induz esses atos e ações”, exemplifica.

 

Papel da escola no retorno pós-pandemia

Para a psicóloga, a parcela da sociedade mais afetada pelo isolamento social prolongado foi justamente a infanto-juvenil, que nesse período do desenvolvimento da vida é que se forma a base da constituição psíquica e a saúde mental futura. “A interação, a brincadeira, o estar com o outro, circular pela cidade, não é só uma questão de entretenimento e lazer, é uma questão de constituição psicológica do ser humano”, justifica.

Bianca afirma que neste retorno pós-pandemia a escola deve propiciar um ambiente livre, brincante, que seja amoroso e cuidadoso para que as crianças se tornem sadias mentalmente. “O processo educacional precisa encorajar os estudantes a superarem os desafios que estão sendo colocados neste momento, para que eles se sintam à vontade de agir, para que possam ter a liberdade de expressar gestos espontâneos. Também é preciso ampliar os espaços de escutas entre pais e professores, para que possam olhar juntos de forma mais cuidadosa para o que é próprio da criança”, completa.

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