Estudo publicado no Jornal de Pediatria (SCHAAN et al., 2019) indica o excessivo número de horas que os adolescentes brasileiros passam na frente da tela de televisão e do computador, um hábito agravado neste ano de pandemia.

De uma hora para outra, nos vimos obrigados a realizar ajustes em nossas vidas no âmbito da tecnologia, e nossas crianças e adolescentes tiveram que desenvolver a autonomia para se adaptar ao estudo em suas casas, administrando períodos livres com as aulas, temas de casa, jogos, celulares e séries televisivas.

Esta nova rotina demanda que os alunos sejam disciplinados, conciliando as atividades que gostam de fazer, com as obrigações da escola diante deste momento atípico. Nesta perspectiva, ao estarem submetidos a uma avalanche de tecnologias no seu cotidiano, os estudantes precisam cada vez mais desenvolver competências socioemocionais para lidar com os desafios que surgem a cada dia.

A própria Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2020) assinala a relevância destas competências incluindo o exercício da empatia, o diálogo, a resiliência e o respeito ao outro. Na contemporaneidade, tanto as competências cognitivas quanto as socioemocionais são importantes pilares do Projeto de Vida de nossos estudantes nos âmbitos pessoais e laborais.

A vida atual e seus desafios nos impelem para o crescimento interior, exigindo o desenvolvimento de competências geradoras de novas atitudes para alcançar objetivos e para desenvolver o autoconhecimento

Mas como lidar com a angústia, o medo, a ansiedade, a tristeza, o tédio e a insegurança?

Este questionamento permeia a vida de todos, e as soluções podem ser encontradas em nossas próprias reflexões e no auxílio por parte de profissionais.

Com o autoconhecimento conseguimos perceber, aceitar e cuidar de nossas emoções.  E falando em Projeto de Vida, é importante que nossos estudantes conheçam as suas potencialidades para que as aprimorem, conheçam as suas limitações para reduzi-las, e conheçam a si mesmos para que tenham uma melhor qualidade de vida.

 O Serviço de Orientação Educacional do Colégio Maria Auxiliadora está a disposição para ajudá-los no desenvolvimento das competências socioemocionais, construindo novas atitudes e habilidades no gerenciamento de emoções, alcançar objetivos, demonstrar empatia e compreender a nós mesmos e ao outro.

Patrícia Dal Farra Pereira - Orientadora Educacional do CMA

Referências Bibliográficas:

SCHAAN, Camila W. et al . Prevalência de tempo excessivo de tela e tempo de TV em adolescentes brasileiros: revisão sistemática e metanálise,. J. Pediatr. (Rio J.),  Porto Alegre ,  v. 95, n. 2, p. 155-165,  Apr.  2019 .

BRASIL. Base Nacional Curricular Comum. 2020.  Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 20/07/2020.